A gameterapia é um recurso que ganhou destaque após o lançamento do console Wii da Nintendo em 2006. A partir daí a terapêutica foi crescendo cada vez mais e surgindo novas tecnologias. Ela compreende no fato de se utilizar um game com o objetivo de promover a restauração da função perdida ou que apresenta disfunção, além de levar o individuo a interagir com o ambiente do jogo que exige além da ativação muscular e readaptação progressiva, também uma interação cognitiva na de tomada de decisão, estratégia e outros conforme o enredo se apresenta.
É um recurso que teve seu início de utilização por volta de 2010 no tratamento das disfunções do assoalho pélvico de crianças e adultos. Técnica indicada na intervenção das várias fases de atuação da fisioterapia, integrando a terapêutica de cinesioterapia e reabilitação funcional, com ou sem a associação ao biofeedback eletromiográfico ou pressórico ou ainda a outros recursos como cones vaginais, educadores perineais, trampolim, cargas extras etc, sempre com o objetivo de reabilitar função e promover a continência.
O fato de ser um recurso lúdico promove a adesão/aderência do paciente ao tratamento, tornando o processo divertido. Sempre com a presença e orientação de um fisioterapeuta pélvico.
São utilizados neste recurso os consoles de games comerciais Wii e Wii U com Balance Board, Xbox 360 e Xbox One com Kinect, além dos Biogames da Miotec e dos novos lançamentos desta empresa: Biomovi: Block Breaker, BioFarm VR e BioSpace VR, de cujo desenvolvimento participei desde os testes de produção. Fiz parte do processo desde a idealização e concepção, tendo sido convidada pela empresa a contribuir como a fisioterapeuta da equipe de desenvolvimento.
